Jack’s Chronicles: Wings, Whispers, and Wonder                          

By Jack, the Observer

You won’t believe who I saw this afternoon while I was minding my own business—well, technically I was inspecting the yellow monsters (you call them construction machines) stomping around near the back porch: my friends, the Finch family!

They were just there, flitting and chirping like no time had passed. Mr. Finch recognized me immediately. We struck up a chat—yes, some birds are excellent conversationalists—and he told me that when the feeders are stocked, he likes to spend time in our backyard. Says it has all the essentials: good food, fresh water to drink and splash around in, and plenty of cozy hiding spots in case any big scary birds decide to go swooping. Practical fellow, that one.

I had no idea they were still so close! I asked about the kids—they’ve left the nest (literally), off chasing their own dreams. Apparently there are great starter nests around the neighborhood, so chances are they’ll stay nearby. Mrs. Finch popped by too, and the three of us had a proper catch-up. Lovely birds, really. Kind, polite, and thankfully into eating bugs—which is fine by me. I much prefer the food my hooman gives me. And the treats. All the treats. Mice? Eh. I might chase one for the thrill, but honestly, it seems like too much drama. I’m a lover, not a fighter.

Someone once said conversations are like cherriesthere’s always room for one more. And I agree. I do enjoy a good chat. As for cherries themselves, I don’t actually know if I like them—I’ve never tried one. I’ve heard they have a hard pit inside, which doesn’t sound very appealing… but they are quite pretty. I’ll give them that.Though today, I may have drifted off mid-thought, basking in the sun. Happens.

But the best part? Realizing my friends are still here, right in our backyard, still stopping by, still happy to chat. That filled my heart more than I expected. We’ll probably talk again soon.

Oh! And I nearly forgot—they’re not huge fans of Smores. Apparently, last year she caught a bird. Poor thing only escaped because my hooman was nearby and stepped in. They say she’s always watching them like they’re on the menu. Honestly… that girl needs to chill. Life isn’t always about the chase—or being chased. Especially not for us. We’ve both been through enough. She should try a sunbeam nap sometime.

At least now I know for sure—it’s not me. I’m just out here enjoying the season: sunshine, friendship, love, and my health being taken care of.

This is Jack—porch supervisor, peacekeeper, and winged-creature whisperer—signing off. ‘Til next time.

Crónicas do Jack: Asas, Chilreios e Maravilhas
Por Jack, o Observador

Nem vão acreditar em quem vi esta tarde, enquanto estava sossegado a tratar da minha vida,  bom, tecnicamente estava a inspecionar os monstros amarelos (aquelas máquinas das obras) que andam a resmungar nas traseiras da nossa casa: os meus amigos, a família de tentilhões!

Estavam ali, a esvoaçar e a chilrear como se nunca tivessem ido embora. O Sr. Tentilhão reconheceu-me logo. Começámos a conversar, sim, há pássaros que sabem manter uma boa conversa, e ele disse-me que, quando os comedouros estão cheios, gosta de passar tempo no nosso quintal. Diz que ali têm tudo o que precisam: boa comida, água fresquinha para beber e tomar banho, e muitos esconderijos no caso de passar algum predador pelo céu. Um tipo precavido, gosto disso.

Nem fazia ideia de que ainda andavam tão perto! Perguntei pelos filhos, já saíram do ninho (literalmente) e estão a explorar o mundo. Ao que parece, há bons sítios por perto para construir um ninho, por isso é possível que fiquem na vizinhança. A Sra. Tentilhão também apareceu e os três pusemo-nos à conversa. São mesmo simpáticos. Gentis, educados e, felizmente, adoram comer insectos o que é óptimo, porque isso não é para mim. Eu prefiro a comida que a minha humana me dá. E os petiscos… Todos os petiscos. Ratinhos? Hm. Talvez corresse atrás de um só pelo susto, mas sinceramente, parece-me demasiada confusão. Sou pacífico e não guerreiro.

Uma vez ouvi dizer que as conversas são como cerejas, há sempre espaço para mais uma e eu, que gosto de conversar até concordo, de cerejas não sei se gosto, nunca comi, mas ouvi dizer que têm um caroço duro, por isso não estou nada interessado em experimentar, mas que são um fruto bonito, isso são. Embora, hoje, acho que me perdi nos pensamentos a meio da conversa, a aquecer-me ao sol. Acontece.

Mas o importante é isto: soube-me tão bem descobrir que os meus amigos ainda andam por aqui, no nosso quintal. E ainda podemos conversar. Provavelmente voltamos a falar em breve. E isso aqueceu o meu coração… mais do que eu pensava!

Ah! E quase que me esquecia: não são grandes fãs da Smores. Parece que, no ano passado, ela apanhou um pássaro. Só escapou porque a minha humana estava por perto e ajudou-o. Dizem que ela está sempre com aquele olhar… como se os estivesse a ver como um frango assado. Honestamente… aquela menina precisa mesmo de relaxar. A vida não é sempre sobre caçar ou ser caçado. Principalmente para nós os dois. Ela devia aprender a agradecer, a esticar-se ao sol e a aproveitar os dias.

E pelo menos agora sei com toda a certeza: eu não sou o problema. Não desta vez.

Por isso cá estou eu: a saborear esta Estação, o sol, os amigos, o amor, e a minha saúde em ordem.

Aqui me despeço eu, o Jack, supervisor do alpendre, pacificador, e sussurrador de asas. Até à próxima.

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