
Outside, the sky wept softly. Rain tapped the windows like a lullaby, rhythmic and low, as if the world itself had settled into a slow exhale. The fireplace flickered with a quiet crackle, casting amber light that danced on the floorboards and warmed the air with its gentle glow.
Inside, peace.
Jack, ever the contemplative soul, had claimed the armchair closest to the hearth. He lay coiled like a sleepy comma, tail wrapped neatly around his paws, eyes half-closed as the warmth seeped into his old bones.

Smores had, somehow, found her place—not in defiance, not in retreat, but by the window seat. A blanket bunched beneath her as she watched the rain with the dignified air of someone who had once been wronged by a storm, but had chosen—for today—to forgive it.
And me? Curled in my corner of the couch, feet tucked under a soft throw, mug in hand. I didn’t dare move. I didn’t need to. The moment didn’t ask anything of me, except to be—to feel the presence of two feline companions who had, for a long time, existed on opposite sides of a door.

No door now. Just space. Just warmth. Just the sound of rain and fire and the quiet hum of something tender—hard-won, but here.
A moment where no one was meowing for rescue, no one was sulking under a bed, and no one had just been toweled against their will.
Only comfort. Only calm.
Even if just for one rainy day.
And just as I was getting comfy in that dream… the alarm clock decided otherwise.
Um Dia Chuvoso: Um Sonho para Três
Lá fora, o céu chorava suavemente. A chuva batia nas janelas como uma canção de embalar, rítmica e calma, como se o mundo inteiro tivesse suspirado devagar. A lareira crepitava com um fogo tranquilo, lançando uma luz âmbar que dançava no chão e aquecia o ar com o seu brilho suave.
Dentro, paz.

O Jack, sempre o alma contemplativa, tinha conquistado a poltrona mais perto do fogo. Estava enrolado como uma vírgula sonolenta, a cauda bem dobrada sobre as patas, os olhos semicerrados enquanto o calor lhe penetrava nos velhos ossos.
A Smores, de alguma forma, encontrara o seu lugar, não em desafio, nem em recuo, mas na janela junto à almofada. Um cobertor amontoado por baixo dela enquanto observava a chuva com o ar digno de quem já foi injustiçado por uma tempestade, mas que hoje decidira perdoá-la.

E eu? Enroscada no meu canto do sofá, os pés aconchegados numa manta macia, uma chávena na mão. Nem sequer ousava mexer-me. O momento não me pedia nada além de estar ali e sentir a presença dos meus dois companheiros felinos que, durante tanto tempo, existiram em lados opostos de uma porta.

Sem porta agora. Só espaço. Só calor. Só o som da chuva, do fogo e o silêncio terno de algo precioso, conquistado com esforço, mas aqui.
Um momento em que ninguém miava por socorro, ninguém se escondia debaixo da cama e ninguém acabava de ser secado com uma toalha contra a sua vontade.
Só conforto. Só calma.
Mesmo que apenas por um dia chuvoso.
E quando o sonho começava a ficar confortável… o despertador decidiu o contrário.


