by Jack, the Storyteller


The squirrel lived on Campus.
It was a busy place—always buzzing with footsteps, rolling wheels, distant bells that rang at odd times, bustling with people, bikes, early lectures, and the smell of fresh coffee. But he didn’t mind. In fact, during the lecture year, he often peeked into classrooms through open windows. He was a quiet student, perched on a ledge or a tree branch, absorbing whatever he could. Later, he’d gather the younger squirrels at their own Tree College to share what he’d learned—philosophy from the humanities building, physics from the science wing, and snacks (sometimes) from the cafeteria bins.


On this particular summer morning, the campus was quieter. The students were mostly gone, and the air was still and heavy.
“Summer is for fun,” he thought. “The days stretch longer, the heat invites lazy naps in the shade, and the evenings are still warm enough that no one bothers closing their front doors.”
But this year hadn’t been what he expected. The sunshine had been hiding behind too many rainy clouds. And all that water falling from the sky? Not great for storing food.
“I’d better start collecting for winter now,” he decided, “before the nuts go soggy and the bulbs start sprouting instead of storing.”
So, bright and early—before the students with their backpacks, the maintenance carts, the late-sleeping raccoons, or the joggers with their headphones—he scurried out to gather supplies. Today, he planned to go farther than usual, across the road to the quieter side of campus. Fewer squirrels over there. Better selection. Top-quality nuts.


But halfway across the road, he suddenly froze. Just… paused.
“Oh acorns… I forgot to tell anyone where I was going! What if something happens? What if I don’t come back in time for lunch? What if I get lost? Or can’t carry everything back?”
And just like that, as squirrels sometimes do… he got stuck. Right in the middle of the street. Lost in thought.
Then—whirrrr, whooosh!—a car came zooming around the corner. It braked just in time, tires squeaking on the pavement.
“Oh no. Oh no no no! A car! There’s a car coming! What do I do now?! Maybe… maybe I should just stand still and let it go around me?” he panicked.


But the car didn’t just honk. It spoke.
A voice came from deep inside its metal chest:
“What are you doing, crazy squirrel?! Can you move?! You’re lucky I saw you. Some cars might not have stopped. Never, ever stop in the middle of the road! You hear me?”
The squirrel blinked. “You… you’re a talking car?”
“Yes, I am. I’m also a very responsible car,” it said, slightly grumpily. “Now, remember this: before crossing the street—stop, look, and only go when it’s completely clear. And when you do go—cross straight, quickly, and don’t hesitate!”
The squirrel stood up a little taller, his tiny heart still thumping.
Wide-eyed and thankful, he nodded furiously. “Yes, yes, Mr. Car! That was scary. I’ve learned my lesson! Before crossing, I need to stop, look, and only go when the road is clear. And when I do cross—I cross straight, quickly, and with no second thoughts. Thank you for stopping!”
“Exactly,” said the car, still shaken but smiling now. “Now go gather your food, little friend. And may you have a long, safe, nut-filled life!”
The squirrel nodded, took a deep breath, fluffed his tail, and scampered off to find his breakfast.
“What a morning!” he muttered to himself. “What a story to tell the family over dinner tonight! Maybe we all need a reminder sometimes… on how to safely cross a road—especially before the school year starts again.”
🐾🐾🐾🐾

Uma Manhã Louca e Uma Lição Valiosa
por Jack, o Contador de Histórias
O esquilo vivia no Campus.
Era um lugar movimentado, sempre a fervilhar com passos apressados, rodas a rolar, campainhas a tocar em horas estranhas, cheio de pessoas, bicicletas, aulas madrugadoras e o aroma de café acabado de fazer. Mas ele não se importava. Na verdade, durante o ano lectivo, costumava espreitar pelas janelas das salas de aula. Era um aluno silencioso, empoleirado num parapeito ou ramo de árvore, a absorver tudo o que podia. Depois, reunia os esquilos mais novos na sua própria Faculdade da Árvore, onde partilhava o que tinha aprendido: filosofia do edifício das humanidades, física do pavilhão das ciências e petiscos (às vezes) dos caixotes da cantina.

Nessa manhã de Verão em particular, o campus estava mais calmo. A maioria dos estudantes já tinha partido e o ar estava parado e pesado.
“O Verão é para nos divertirmos,” pensou ele. “Os dias são mais longos, o calor convida a sestas preguiçosas à sombra e as noites são tão amenas que ninguém se dá ao trabalho de fechar a porta de casa.”

Mas aquele Verão não estava a ser como ele esperava. O sol tinha-se escondido atrás de demasiadas nuvens carregadas de chuva. E toda aquela água a cair do céu? Nada bom para armazenar comida.
“É melhor começar já a recolher provisões para o Inverno,” decidiu. “Antes que as nozes fiquem ensopadas e os bolbos comecem a brotar em vez de se conservarem.”
Por isso, bem cedo, antes dos estudantes com as mochilas, dos carrinhos de manutenção, dos guaxinins dorminhocos ou dos joggers com auriculares, saiu a correr para reunir mantimentos. Planeava ir mais longe do que o habitual, até ao outro lado do campus, onde havia menos esquilos a fazer compras. Melhor selecção. Nozes de primeira.

Mas a meio da estrada, parou de repente. Simplesmente… parou.
“Ó bolotas… esqueci-me de dizer a alguém para onde ia! E se acontecer alguma coisa? E se não voltar a tempo do almoço? E se me perder? Ou se não conseguir carregar tudo de volta?”

E, como os esquilos às vezes fazem… ficou completamente parado. Mesmo no meio da estrada. Perdido em pensamentos.
De repente—vruumm, o chiar de rodas!—um carro apareceu na curva. Travou mesmo a tempo, os pneus a chiar no alcatrão.
“Oh não. Oh não não não! Um carro! Está um carro a vir! E agora?! Talvez… talvez deva ficar parado e deixá-lo passar à volta?” pensou em pânico.
Mas o carro não se limitou a buzinar. Ele falou.
Uma voz veio lá do fundo do seu peito metálico:
“O que estás a fazer, esquilo maluco?! Podes mexer-te?! Tive sorte em ver-te. Alguns carros podiam não ter parado. Nunca, nunca pares no meio da estrada! Ouviste bem?”
O esquilo piscou os olhos. “Tu… tu és um carro que fala?”
“Sou sim. E também sou um carro muito responsável,” disse ele, com um tom ligeiramente rabugento. “Agora lembra-te disto: antes de atravessar a estrada, pára, olha e só avança quando estiver completamente livre. E quando fores, atravessa em linha recta, rápido, e sem hesitações!”
O esquilo endireitou-se um pouco, ainda com o coração a bater a mil.
De olhos esbugalhados e grato, acenou com a cabeça energicamente. “Sim, sim, Sr. Carro! Que susto! Aprendi a lição! Antes de atravessar, tenho de parar, olhar, e só seguir quando não vier nenhum carro. E quando atravessar, vou em frente, depressa, e sem dúvidas! Obrigado por parar!”

“Isso mesmo,” disse o carro, ainda um pouco abalado mas agora a sorrir. “Agora vai lá buscar a tua comida, amiguinho. E que tenhas uma vida longa, segura e cheia de nozes!”
O esquilo acenou, respirou fundo, sacudiu a cauda e correu à procura do pequeno-almoço.
“Que manhã!” murmurou para si mesmo. “Que história para contar à família ao jantar! Se calhar todos precisamos, de vez em quando… de um lembrete sobre como atravessar a estrada em segurança, especialmente antes do novo ano escolar começar.”
🐾🐾🐾🐾


