Jack’s Chronicles: The Yellow Invasion

The finch nest was quiet again.
They had come, twice. Built with care. Chirped their songs.
And then, like before — they left.
No note. No goodbye.
Mommy said she’d take the nest down again, but life got busy.

So I took over.

I watched from the porch, notebook in paw.
I had concerns. The construction was… questionable. Some twigs looked reused.
I was going to send a polite but firm email to the Finch Construction Company outlining the deficiencies.

But before I could, I noticed movement.

At first, I thought the finches were back.
I leaned closer — hoping, listening.
And then I heard it.


Buzzing.

Not the soft flutter of feathers, but the sharp bzzzzzzz of creatures I did not invite.

Yellow jackets.
In full invasion mode.
Not musical. Not neighborly. Not to be trusted.

I stepped back (gracefully, though I may have knocked over Mommy’s shoe).
Smores refused to even look.
“Mmm. Told you. Always trouble when there’s a vacancy,” she said, eyes half-closed.

But here’s the part that really bothers me:
They’re yellow.

Just like the big yellow monsters digging behind the house.

You know the ones — they roar all day and eat trees for breakfast.
Mommy told us — me and Smores — that they’re building houses there now.
Human houses.

But there were already houses.
Lots of them. Made of leaves and bark. Tiny paths and burrows.

So now I wonder…
Are the little yellow buzzers working for the big yellow monsters?

The colors match.
The behavior matches.
They both move in like they own the place… even when it wasn’t theirs.

Too much buzz for my taste.
And even when they sit very still, like butter wouldn’t melt in their mouths
I don’t trust them. Not one bit.

I miss the finches.
I miss the trees.
I miss the feeling of belonging to a quiet, gentle corner of the world.

— Jack

Crónicas de Jack: A Invasão Amarela


O ninho dos tentilhões estava silencioso outra vez.
Eles tinham vindo, duas vezes. Construíram com cuidado. Cantaram as suas músicas.
E depois, como da primeira vez, foram-se embora.
Sem um bilhete. Sem despedida.
A Mamã disse que ia tirar o ninho outra vez, mas os dias têm sido muito ocupados…

Então, assumi eu a vigilância.

Fiquei no alpendre de bloco de notas numa pata e caneta na outra.
Tinha algumas preocupações. A construção estava,…chamemos-lhe duvidosa. Alguns ramos pareciam mesmo terrm sido reutilizados.
Estava a preparar um e-mail educado mas firme para a Empresa de Construção Tentilhão, a apontar as deficiências.

Mas antes de enviá-lo, notei movimento.

Ao início pensei que os tentilhões tinham voltado.
Aproximei-me, atento, esperançoso.
E foi então que ouvi.

Zumbido.

Não era o bater suave de asas. Era um bzzzzzzz afiado de criaturas que não tinham sido convidadas.

Vespas.
Ou talvez aquelas criaturas chamadas “vespas africanas”
Em modo de invasão.
Nada musicais. Nada simpáticas. Nada de confiança.

Afastei-me (com elegância, embora possa ter derrubado o sapato da Mamã).
A Smores nem quis olhar.
“Mmm. Eu avisei. Dá sempre asneira quando há casas vagas,” disse ela, com os olhos meio fechados.

Mas há algo que me incomoda ainda mais:
são amarelas.

Tal como os monstros amarelos grandes que andam a escavar atrás da casa.

Sabem a quem me prefiro, não sabem? Aqueles que rugem o dia inteiro e comem árvores ao pequeno-almoço.
A Mamã contou-nos, a mim e à Smores, que vão construir casas humanas lá.

Mas já havia casas.
Muitas! Feitas de folhas e casca. Com trilhos e tocas.

E agora eu fico a pensar…
Será que os pequenos amarelos que zumbem trabalham com os grandes amarelos que escavam?

As cores combinam.
O comportamento também.
Aparecem e instalam-se como se fossem donos… mesmo quando não são.

Demasiado zumbido para o meu gosto.
E mesmo quando ficam muito quietos, com aquele ar de “quem não parte um prato”, eu não confio neles. Nem um bocadinho.

Tenho saudades dos tentilhões.
Tenho saudades das árvores.
Tenho saudades de pertencer a um cantinho tranquilo e gentil do mundo.

— Jack

Leave a comment