Sometimes you’re invited, sometimes you invite yourself… and sometimes you’re the guest who acts like the host. 🪴🪳 Our porch had quite the visitor today—a praying mantis keeping watch like it owned the place!

The Mantis Speaks

Ah, these humans… such curious creatures. When I was young, still new to the world, I wandered through those mysterious doors and found myself inside their house. Never again! No insects to chase, no sun to warm my body, nowhere to perch with dignity. Quite the uninviting place, if you ask me. I promised myself then that I would remain where the air is kinder, the leaves more welcoming, and the light just right for a queen such as myself.

And yet, when they discovered me, they carried me outside as though I were a treasure beyond measure. I gave them the look—you know the one. That sharp, commanding gaze that says, “Kneel before me, insignificant being!” They did not kneel, of course, but they did return me to my rightful domain. I decided to allow them this small victory.

As I grew older, I began to understand the rhythms of this place. I watched the humans with their endless chatter and peculiar rituals. I even struck up a silent accord with the black cat—Jack, they call him. He is dignified enough to respect me. The other one, Smores… ah, she and I are mirrors. Both divas, both demanding, both unwilling to share the stage. She does not respect me, and I, in turn, glide past her with my chin held high.

This porch became my stage, my sanctuary. The beams for resting, the plants for shade, the steady parade of insects for breakfast—it all began to feel less like a passing stop and more like a kingdom worthy of my reign. I found myself not merely surviving here, but belonging.

And then today came the curious incident of the camera. They approached me with that clicking, flashing contraption, circling as though I were a jewel in a crown. Well, what choice did I have? A mantis is always elegant, always beautiful, always powerful. Naturally, I struck my poses. Naturally, I gave them my finest angles. If they wanted a model, I would give them one worthy of legends.

When their fascination was spent, they left me to my breakfast. Between you and me, I am preparing for the next chapter of my life—a family of my own. And I must say, this porch, with its light, its shelter, and its curious companions, feels like the perfect place to begin.

After all, some guests slip quietly into the background. But I? I have always been the guest who behaves like the host. And perhaps, in truth, this was my home all along.

That’s how I ended up full of photos of my unexpected visitor at my porch. Regal, watchful, and absolutely convinced that the world revolves around them—this mantis carried itself as though it had always been the host and I was the guest.

And maybe, in its own way, it was right.

A Convidada que se Comporta como a Anfitriã

Às vezes és convidado, outras vezes convidas-te a ti próprio… e outras ainda és o convidado que se comporta como se fosse o anfitrião. 🪴🪳 Hoje o nosso alpendre teve uma visita especial — um louva-a-deus a vigiar como se fosse dono do lugar!

A Louva-a-Deus

Ah, estes humanos… criaturas tão curiosas. Quando eu era jovem, ainda nova neste mundo, aventurei-me por aquelas portas misteriosas e acabei dentro da casa deles. Nunca mais! Sem insetos para caçar, sem sol para aquecer o meu corpo, sem lugar digno onde pousar. Um sítio nada convidativo, se querem saber a minha opinião. Prometi a mim mesma que ficaria sempre onde o ar é mais suave, as folhas mais acolhedoras e a luz perfeita para uma rainha como eu.

E no entanto, quando me encontraram, levaram-me para fora como se eu fosse um tesouro sem igual. Lancei-lhes o olhar — sim, esse mesmo! O olhar afiado e imperioso que diz: “Ajoelha-te perante mim, ser insignificante!” Não se ajoelharam, claro, mas devolveram-me ao meu domínio legítimo. Decidi conceder-lhes essa pequena vitória.

À medida que fui crescendo, comecei a compreender os ritmos deste lugar. Observei os humanos, com o seu falatório sem fim e os seus rituais tão peculiares. Até estabeleci uma espécie de pacto silencioso com o gato preto — Jack, é assim que o chamam. Ele tem dignidade suficiente para me respeitar. A outra, a Smores… ah, essa é um espelho de mim mesma. Duas divas, exigentes e orgulhosas, incapazes de partilhar o palco. Ela não me respeita, e eu, por minha vez, passo-lhe à frente de queixo erguido.

Esta varanda tornou-se o meu palco, o meu santuário. As traves para descansar, as plantas para dar sombra, a procissão interminável de insetos para o pequeno-almoço — tudo começou a parecer menos uma paragem de passagem e mais um reino digno do meu reinado. Deixei de apenas sobreviver aqui, para realmente pertencer.

E então, hoje, aconteceu o curioso episódio da máquina fotográfica. Aproximaram-se de mim com aquele objeto que faz cliques e flashes, rodeando-me como se eu fosse uma joia de coroa. Ora, que escolha tinha eu? Um louva-a-deus é sempre elegante, sempre belo, sempre poderoso. Naturalmente, posei. Naturalmente, ofereci-lhes os meus melhores ângulos. Se queriam uma modelo, eu dar-lhes-ia uma digna de lenda.

Quando a sua fascinação terminou, deixaram-me em paz com o meu pequeno-almoço. Entre nós, confesso: preparo-me para o próximo capítulo da minha vida — a minha própria família. E devo dizer, esta varanda, com a sua luz, o seu abrigo e as suas curiosas companhias, parece-me o lugar perfeito para começar.

Afinal, alguns convidados passam discretamente em segundo plano. Mas eu? Eu sempre fui a convidada que se comporta como anfitriã. E talvez, na verdade, esta sempre tenha sido a minha casa.

E foi assim que fiquei com um album de fotografias da minha inesperada visitante no meu alpendre. Régia, atenta e absolutamente convencida de que o mundo gira à sua volta — este louva-a-deus comportou-se como se fosse ela a anfitriã e eu a convidada.

E talvez, de certa forma, tivesse razão.