A feline drama in three acts — starring Smores, the misunderstood queen
Today was that market thingy again — I could tell the moment Mommy left without the car and came back with bags full of mysterious treasures. That’s always my cue to clock in for inspection duty. I take my job very seriously. Someone has to, right?

So there I was, doing a top-tier feline audit, when I spotted them — tiny, round, shiny little things that rolled perfectly across the floor. Oh, the potential! The elegance! The entertainment value! They were clearly designed for me.

But just as I was warming up for my performance, Mommy gasped and snatched them away.
“No, Smores! Those aren’t toys — they’re chestnuts. I’m going to cook and eat them.”
Excuse me? Cook them? Eat them? What a waste of perfectly good playthings!
Then she started going on and on about Lisbon and roasted chestnuts and how the streets smell like autumn magic. Lovely story, truly. Five stars on nostalgia. But what good is a story if I can’t bat the props around?

And then — oh, and then! — I found another curiosity. A round, purple thing that looked like it belonged in a royal garden. Mommy called it “cauliflower.” I gave it a delicate sniff. Gorgeous, yes. Regal even. But honestly? It didn’t roll, it didn’t bounce, and it certainly didn’t squeak. 10/10 for looks, 0/10 for fun.
So naturally, I flicked my tail, turned my back with Oscar-worthy elegance, and stormed off to the basement. If she wouldn’t let me play, then she could enjoy her culinary memories of Lisbon all alone.

A little while later, Mommy came down to check on me. I gave her my best “poor me, you broke my tiny, fragile heart” look — eyes wide, chin slightly tilted, full tragic heroine energy. But apparently, my art is wasted on her. She just smiled and said, “I was worried about you, but I see you’re fine and probably just want to stay away for a while. I’ll respect that.”
Respect that? Excuse me, that was supposed to be emotional devastation, not a therapy session!
Anyway, she went back upstairs — with him. Yes, the house tenor. The “opera singer.” My eternal rival. Always taking her side, always humming like he’s auditioning for Phantom of the Catpera. And he still wonders why I give him my most withering stares.
✨ Signed,
Smores — Feline Diva, Chestnut Deprived, Purple-Cauliflower Critic, and Undeniably Misunderstood.

Castanhas, Couve-Flor e um Coração Partido
Um drama felino em três actos — com Smores, a rainha incompreendida
Hoje foi aquela coisa do mercado outra vez — percebi logo no momento em que a Mamã saiu sem o carro e voltou carregada de sacos misteriosos. Isso é sempre o meu sinal para entrar em serviço. Eu levo o meu trabalho de inspeção muito a sério. Alguém tem de o fazer, não é?
Lá estava eu, em plena auditoria felina, quando avistei-as — pequenas, redondas, brilhantes e a rolar perfeitamente pelo chão. Oh, o potencial! A elegância! O entretenimento! Foram claramente feitas para mim.
Mas, mal eu me preparava para o meu espetáculo, a Mamã suspirou e tirou-mas das patas.
“Não, Smores! Isso não são brinquedos — são castanhas. Vou cozinhá-las e comê-las.”
Desculpa? Cozinhar? Comer? Que desperdício de brinquedos perfeitos!
E depois começou a falar sem parar sobre Lisboa, as castanhas assadas e o cheiro a Outono nas ruas. História bonita, claro. Cinco estrelas em nostalgia. Mas de que serve uma história se eu não posso brincar com os adereços?
E então — oh, então! — encontrei outra curiosidade. Uma coisa redonda e roxa que parecia saída de um jardim real. A Mamã chamou-lhe “couve-flor”. Dei-lhe uma cheirada delicada. Bonita, sim. Real até. Mas sinceramente? Não rola, não salta, e muito menos chia. 10/10 em aparência, 0/10 em diversão.

Naturalmente, abanei a cauda, virei-lhe as costas com toda a elegância digna de um Óscar, e fui para a cave. Se ela não me deixava brincar, podia muito bem apreciar as suas memórias culinárias de Lisboa sozinha.
Um bocadinho depois, a Mamã veio ver como eu estava. Eu dei-lhe o meu melhor olhar de “pobre de mim, partiste-me o coração” — olhos abertos, queixinho levantado, pura energia de heroína trágica. Mas pelos vistos, a minha arte perdeu-se nela. Sorriu e disse:
“Estava preocupada contigo, mas vejo que estás bem e que provavelmente só queres ficar sozinha por um bocado. Eu respeito isso.”

Respeitar isso? Desculpa, era suposto sentir culpa existencial, não serenidade maternal!
Enfim, lá voltou para cima — com ele. Sim, o tenor da casa. O “cantor de ópera.” O meu eterno rival. Está sempre do lado dela, sempre a cantarolar como se estivesse a ensaiar para o Fantasma da Gatopera. E ainda se pergunta por que é que lhe lanço os meus olhares mais majestosos.
✨ Assinado,
Smores — Diva Felina, Privada de Castanhas, Crítica de Couve-flor Roxa, e Inevitavelmente Incompreendida.



Ao menos a Smores poderia ter ficado com uma castanhita…
LikeLiked by 1 person
Eu estava com muitas saudades de comer castanhas e fui gulosa e egoísta. Talvez da próxima vez…
LikeLike