This weekend took me to another small Pennsylvania town—Marietta Borough. My reason for visiting was a Magical-Themed Tea at the Marietta Community House, an event that felt like stepping into a gentle pocket of wonder on an otherwise gray and quiet autumn day.

But Marietta is the kind of place where even the stillness carries stories.

One of the first things I noticed were the remembrance flags hanging from the lampposts—faces and names of local war heroes honored by the community, something I had never seen before. These tributes always touch a deep place in me. Wars aren’t distant chapters in a history book; they echo through my own life. I grew up listening to my father’s memories from the Ultramar War—some spoken with emotion, others carried in silence. And if there is one thing I learned from those moments with him, it’s that war does not care which side someone is on. The pain is the same. Sensitive souls carry the scars long after the conflict ends, no matter the uniform.

Standing there in Marietta, seeing those faces and dates from another country and another time, I paused. I always do. I said a quiet prayer—for their families, for their pain, for their untold stories.

And perhaps that’s why Marietta felt so fitting.
It is a town that remembers.

With that weight still resting gently in my thoughts, I stepped inside the Marietta Community House.

The shift was almost immediate:
Warmth.
Softness.
The delicate clink of fine china.
A table set with pastries, toast, scones, and steaming teapots promising comfort.

The charming place where I enjoyed my Magical Tea also holds its own special story. Built in the 1870s and later gifted to the community in memory of a local serviceman after World War I, the Marietta Community House has served as a hub of local life for more than a century. It has been a gathering place, a center for social events, and a keeper of traditions.

Inside, you can feel that blend of history, memory, and community warmth.

Tea has always been my “back to reason” drink—my anchor. Whether I think of Queen Catarina bringing it to England or how tea once sparked a revolution, the history behind it is vast. Yet for me, tea simply means slowing down. Breathing. Returning to myself.

During this Magical-Themed Tea, that was exactly what happened.
The flavors were gentle and exquisite, the setting cozy and thoughtful. And in that moment—after standing outside with the emotional weight of the remembrance flags—this experience felt even more precious. Like stepping into a small sanctuary where time softened and everything quieted.

Despite the gray skies, Marietta glowed that day with fall colors—yellows, reds, and browns softening the gloom, bright against the muted sky, its historic streets offering both reflection and comfort.

Marietta: a small borough filled with beautiful homes, heartfelt gestures, and meaningful stories.

Chá na Marietta Community House

Este fim de semana levou-me a outra pequena localidade da Pensilvânia—Marietta Borough. O motivo da minha visita foi um Chá sob a égide da Magia na Marietta Community House, um evento que parecia uma entrada suave para um pequeno mundo de encanto num dia de Outono cinzento.

Mas Marietta é o tipo de lugar onde até a quietude carrega histórias.

Uma das primeiras coisas que reparei foram as bandeiras de homenagem penduradas nos candeeiros: rostos e nomes de heróis locais de guerra honrados pela comunidade, algo que nunca tinha visto antes. Estas homenagens tocam-me sempre profundamente.

As guerras não são capítulos distantes num livro de história; ecoam na minha própria vida. Cresci a ouvir as memórias do meu pai sobre a Guerra do Ultramar, algumas ditas com emoção, outras carregadas em silêncio. E se há algo que aprendi nesses momentos com ele, é que a guerra não se importa de que lado alguém está. A dor é a mesma. As almas sensíveis carregam as cicatrizes muito para além do fim do conflito, independentemente da farda.

Ali, em Marietta, ao ver aqueles rostos e datas de outro país e de outro tempo, parei. Páro sempre. Fiz uma oração silenciosa pelas famílias, pelas dores, pelas histórias por contar.

Talvez seja por isso que Marietta me pareceu tão familiar.
É uma cidade carregada de memórias.

Foi com este pensamento que entrei na Marietta Community House.

A mudança foi quase imediata: calor, suavidade e o tilintar delicado da porcelana fina.
Uma mesa com pastelaria, torradas, scones e bules fumegantes que prometiam conforto.

A Casa onde desfrutei do meu Chá também guarda uma história especial. Construída na década de 1870 e mais tarde oferecida à comunidade em memória de um militar local após a Primeira Guerra Mundial, a Marietta Community House tem sido, há mais de um século, um centro de vida comunitária. Sendo lugar de encontro, palco de eventos sociais e guardiã de tradições.

Lá dentro, sente-se essa mistura de história, memória e calor comunitário.

O chá sempre foi a minha bebida “voltar à razão”, o meu ponto de ancoragem. Quer pense na Rainha Catarina a levá-lo para Inglaterra, quer nos tempos em que o chá desencadeou uma revolução, a sua história é vasta. Mas para mim, o chá significa simplesmente abrandar. Respirar. Reencontrar-me.

Durante este Chá rodeado de Magia, foi exactamente isso que aconteceu.
Os sabores eram suaves e deliciosos, o ambiente acolhedor e pensado ao pormenor. E naquele momento—depois de estar lá fora com o peso emocional das bandeiras de homenagem—esta experiência tornou-se ainda mais preciosa. Como entrar num pequeno santuário onde o tempo abrandava e tudo se aquietava.

Apesar do céu cinzento, Marietta brilhava naquele dia com cores de outono—amarelos, vermelhos e castanhos a suavizar a melancolia, vivos contra o céu baço, as suas ruas históricas a oferecerem tanto reflexão como conforto.

Marietta: uma pequena vila, repleta de casas bonitas, gestos sentidos e histórias com significado.