The Quiet Return to Myself — Part II

The Year of Rebuilding

Notes from the In-Between

The year of grieving came to an end with softness — not as a closing, but as a quiet resting place.

And now, almost without noise or ceremony, a different year begins to take shape.
Not loud. Not triumphant. Not rushing in.


A rebuilding year — slow, careful, and tender.


I do not expect to emerge transformed or perfect or radiant. What I hope — what I choose — is to become a truer version of myself. Not incomplete. Not lost in the spaces between who I was and who I’m learning to be.


Not vague, not undefined — but whole.


I want to feel more deeply again.
To smile more freely.
To be more compassionate, more empathetic, more trusting —
not as before, but with wisdom gathered along the way.


This time, I want to love myself with gentleness —
not as a shield, but as a promise.


It will not be easy.
Rebuilding rarely is.

I will need to be firm with myself and kind to myself at the same time —
to build boundaries where absence once lived,
to forgive my missteps,
to remember that I am only human.


And to accept, with quiet honesty, that I am not irreplaceable.
Not indispensable.
Not infinite.


I am a real person —
with limits, with edges, with breath.


I cannot be everywhere.
I cannot hold everything.
And I am allowed to rest inside that truth.


To rebuild, I must meet myself again, not the version I carried through obligation or memory,
but the one who stayed,
who endured,
who waited in the quiet spaces of the in-between.


Somewhere along the way, I misplaced parts of who I was.
And now, to stand in my place in the world,
I must first find my way back home — to me.


If I want to be loved for who I am,
then I must become — gently —
the person I wish to live as.


Kind.
Loving.
Respectful.
A good friend.


A small light — not blazing, not dazzling —
but steady.


A beacon in the dark,
a warm place of trust,
a heart that does not judge,
a space where love is tended rather than taken.


Next year will be my rebuilding year.


I will nurture the parts of me that once brought joy.
I will strengthen the parts that faltered.
I will lift every quiet fragment and guide them forward —
toward a softer, wiser life.


I am my own work —
my own project —
my own becoming.


Someone who deserves to be seen.
Someone who deserves to be heard.
Someone who deserves to be loved.


And I will begin simply, with coffee, with patience, with compassion, and with love —
for myself,
first.

O Regresso Silencioso a Mim Mesma –  Parte II

O Ano da Reconstrução

Notas de Um Tempo Suspenso


O ano do luto chegou ao fim com suavidade, não como um encerramento de algo, mas como um lugar de repouso silencioso.


E agora, quase sem ruído, sem pressa, sem celebração, começa a delinear-se um outro tempo.


Um ano de reconstrução, lento, cuidadoso, terno.


Não espero renascer perfeita, transformada ou luminosa.
O que desejo, o que escolho, é tornar-me uma versão mais verdadeira de mim mesma.
Não incompleta.
Não perdida entre quem fui e quem estou ainda a aprender a ser.


Não vaga.
Não indefinida.
Mas inteira.


Quero voltar a sentir mais profundamente.
A sorrir com mais leveza.
A ser mais compassiva, mais empática, mais confiante —
não como antes, mas com a sabedoria que o caminho trouxe.


Desta vez, quero amar-me com delicadeza —
não como defesa, mas como promessa.


Sei que não será fácil.
Reconstruir raramente é.


Vou precisar de firmeza comigo mesma — e de bondade também.
De erguer limites onde antes havia ausência.
De perdoar os meus erros.
De lembrar que sou humana.


E de aceitar, com honestidade tranquila,
que não sou insubstituível,
nem indispensável,
nem infinita.


Sou uma pessoa real —
com limites, com contornos, com respiração.

Não posso estar em todo o lado.
Não posso carregar tudo.
E é permitido descansar dentro dessa verdade.


Para me reconstruir, preciso de me reencontrar —
não a versão moldada pela expectativa ou pela memória,
mas aquela que ficou,
que resistiu,
que esperou nos espaços silenciosos do entre-tempo.


Algures no caminho, perdi partes de quem era.
E agora, para voltar a ocupar o meu lugar no mundo,
tenho primeiro de regressar a casa — a mim.


Se quero ser amada por quem sou,
então preciso tornar-me — suavemente —
a pessoa que desejo viver.


Quero ser gentil.
Amorosa.
Respeitosa.
Uma boa amiga.


Quero ser uma pequena luz —
não intensa, não ofuscante —
mas firme.


Um farol na penumbra,
um lugar de confiança,
um coração que não julga,
um espaço onde o amor é cuidado — e não gasto.


O próximo ano será o meu ano de reconstrução.


Vou nutrir as partes de mim que já conheceram a alegria.
Vou fortalecer as que vacilaram.
E vou reunir cada fragmento tranquilo, conduzindo-os para a frente —
rumo a uma vida mais suave, mais sábia.


Eu sou o meu próprio trabalho.
O meu projeto.
O meu tornar-me.


Alguém que merece ser vista.
Alguém que merece ser ouvida.
Alguém que merece ser amada.


E começarei devagar, com café, com paciência, com compaixão,
e com amor… por mim, primeiro.

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