There is something truly magical about the dusk hours—a hush that gently settles over the land as day takes its graceful bow and night tiptoes in. For a few suspended moments, time seems to pause. It’s as if the world is caught between realms, neither here nor there, bathed in the softest light Nature can offer.

I’ve felt this twilight magic in many places—in the city, where it glimmers through streetlights and windowpanes, and by the sea, where the sky kisses the horizon in hues too vast to name. But here, at home, it feels deeply personal, as if Nature is performing just for me.

In my own backyard, I witness this enchantment unfold. Sometimes I bring an after-dinner espresso with me—a simple joy of being at home—and just sit in stillness. The air comes alive with the chorus of frogs, cicadas, and crickets, while lightning bugs rise like floating stars, dancing to the rhythm of the night. No need for words. Just me, the evening, and the feeling of being held by something far greater than myself. It’s an ethereal moment—humbling, grounding, and full of quiet wonder.

Tonight, I hear thunder rolling gently in the distance—a deep, ancient sound, echoing like a drumbeat from the heart of the earth. Even that feels like part of the mystery. Magnificent. Intimate.

In these moments, I feel small, yet perfectly placed. I feel grateful. Blessed. As though Mother Nature is whispering secrets just for those who are quiet enough to listen.

And I listen.

A Hora Entre Mundos

Há algo verdadeiramente mágico na hora do crepúsculo, um silêncio suave que se instala enquanto o dia se despede com graça e a noite entra de mansinho. Por breves momentos suspensos, parece que o tempo pára. É como se o mundo ficasse entre dois reinos, nem aqui nem ali, banhado pela luz mais suave que a Natureza consegue oferecer.

Já senti esta magia do entardecer em duferentes lugares: na cidade, onde brilha através das luzes e janelas, ou junto ao mar, onde o céu beija o horizonte numa paleta de tons tão vasta e intensa que é difícil de descrever. Mas aqui, em casa, sente-se de uma forma mais íntima, como se a Natureza estivesse a fazer um espetáculo só para mim.

Tenho o privilégio de assistir a este momento encantado no meu próprio quintal, sentada no alpendre em silêncio, enquanto, saboreio a minha “bica” depois do jantar.

O ar ganha vida com o coro dos sapos, cigarras e grilos, enquanto os pirilampos sobem como estrelas flutuantes, dançando ao ritmo da noite. Não há necessidade de palavras. Só eu, o anoitecer, e a sensação de estar envolvida por algo muito maior do que eu. É um momento etéreo, comovente, sereno e cheio de uma beleza silenciosa.

Hoje, oiço ao longe o trovão a aproximar-se, um som profundo, antigo, que ecoa como o pulsar do coração da terra. Até isso parece fazer parte do mistério. Magnífico. Íntimo.

Nestes momentos, sinto-me pequena, mas exatamente onde devo estar. Sinto-me grata. Abençoada. Como se a Mãe Natureza estivesse a sussurrar segredos apenas a quem souber escutar em silêncio.

E eu escuto.