It Takes a Village… and Mine Had Tété

In the midst of grief, or healing, or both—there are days when I get stuck in sorrow. Days when I forget how my smile used to feel. But then I stumble across old photos, and I remember.
I remember who I am.
I remember who held me when I couldn’t walk, who pushed me forward when I couldn’t move on.

They say it takes a village to raise a child, and my village was filled with strong, unforgettable people. This is my aunt Tété—an essential part of that village. She was the tough love side of it. The one who would tell me the truth, no matter how difficult it was to hear. She didn’t sugarcoat life, because life doesn’t come with sugar all the time.

Tété had a sharp eye for detail and a deep sense of honesty. Whether we were shopping for clothes, reviewing schoolwork, or navigating life’s choices—she believed in facing reality head-on. Taking off the rose-colored glasses wasn’t cruelty. It was love. It was protection. It was a gift.


She was sweet, smart, kind, and loving—but she told it like it was. Straightforward. Clear. No space for confusion or illusion. And yes, sometimes telling the truth—the hard, unvarnished truth—is a form of love too.

So when I remember her… I smile.
Because she reminded me not only of who I am, but who I’m meant to be.

É Preciso uma Aldeia… e na minha havia a Tété

No meio do luto, ou da cura, ou talvez dos dois, há dias em que fico presa na tristeza. Dias em que me esqueço de como era o meu sorriso.
Mas depois tropeço nestas fotos… e lembro-me.
Lembro-me de quem sou.
Lembro-me de quem me segurou quando não conseguia andar, de quem me ensinou a seguir em frente quando não encontrava o caminho.

Dizem que é preciso uma aldeia para criar uma criança, e a minha aldeia estava cheia de pessoas fortes e inesquecíveis. Esta é a minha tia Tété, uma parte essencial dessa aldeia. Era o lado do amor duro. Aquela que me dizia as verdades difíceis, sem rodeios, por mais que doessem. Porque a vida não tem almofadas fofas à nossa espera. E ela sabia disso.

A Tété tinha um olhar atento aos detalhes e uma honestidade desarmante. Quer estivéssemos a escolher roupa, a estudar para exames ou a tomar decisões importantes da vida, ela acreditava que enfrentar a realidade de frente era sempre o melhor caminho. Tirar os óculos cor-de-rosa não era frieza, era amor. Era proteção. Era sabedoria.

Ela era doce, inteligente, carinhosa e bondosa, mas nunca dourava a pílula. Dizia as coisas como elas eram. Direta. Clara. Sem espaço para mal-entendidos ou ilusões.
E sim, por vezes dizer o que ninguém tem coragem de dizer também é uma forma de amar.

Por isso, quando me lembro dela… sorrio.
Porque ela recorda-me não só de quem eu sou, mas de quem eu estou destinada a ser.

Leave a comment