Neighborhood Watch, by Smores

Bla bla bla—the finches are back, the yellow jackets are buzzing, tenants this, tenants that… Honestly, sometimes I wonder if Jack and I live in the same house—let alone the same planet.

Before that mellow, moon-eyed cat waltzed in like he was the second coming of Catnip God, the room he now “claims” as his was mine. I used to nap in there—long, luxurious naps that only a seasoned house cat like myself can truly appreciate. But more importantly, I had window duty. I was the one watching the world go by. Finches fluttering. Leaves swirling. Suspicious delivery trucks daring to park in my view. I saw it all.


I don’t even think he realizes there’s a whole world outside that glass. He just flops in sun patches and chirps at shadows. Meanwhile, I ran a full-fledged Neighborhood Watch.

Well, it took me a while, but guess what? I’ve found a new window. One that faces the same street. The view’s a little different, but the mission remains the same. I’m back in business, baby.

As for the “issue” that got Jack so terribly worked up? Sigh. Let me set the record straight. The nest is empty—still. No finches nesting, though they do fly by sometimes for a quick inspection. No yellow jackets. No wasps. Maybe a few spiders doing spider things, and the occasional mysterious flying creature. But nothing worth his theatrical outbursts.

Honestly? Too much ado about nothing. Jack really should consider a career in drama. Preferably off my turf.


But hey, we all need a purpose—and mine is clear. I’m Smores. Cat. Diva. Neighborhood Watch Commander. Window by window, I keep this house—and this street—in check.

Vigilância de Bairro, por Smores

Blá blá blá, os tentilhões voltaram, as vespas estão a zumbir, inquilinos para aqui, inquilinos para ali… Sinceramente, às vezes pergunto-me se eu e o Jack vivemos na mesma casa, quanto mais no mesmo planeta.

Antes de aquele gato meloso, de olhos sonhadores, ter aparecido como se fosse a reencarnação do Messias dos Gatos, o quarto que ele agora “reivindica” era meu. Costumava dormir lá, sestas longas e luxuosas, daquelas que só uma gata experiente como eu sabe apreciar. Mas, mais importante ainda, era lá que eu fazia a minha vigia à janela. Era eu que observava o mundo a passar. Tentilhões a esvoaçar. Folhas a rodopiar. Carrinhas suspeitas a estacionar à frente da minha vista. Eu via tudo.

Duvido que ele sequer perceba que existe um mundo lá fora. Limita-se a rebolar nas manchas de sol e a chilrear para as sombras. Entretanto, eu geria um verdadeiro serviço de Vigilância de Bairro.

Demorei um pouco, mas adivinhem? Encontrei uma nova janela. Dá para a mesma rua. A vista é um pouco diferente, mas a missão continua a mesma. Estou de volta ao serviço, meus caros.


Quanto à “questão” que deixou o Jack tão transtornado? Suspiro. Vamos esclarecer isto de uma vez por todas. O ninho está vazio, ainda. Nada de tentilhões a fazer casa, embora passem por lá de vez em quando para uma pequena inspeção. Nada de vespas. Nada de insectos zangados. Talvez umas aranhas a tratar da sua teia e ocasionalmente alguma criatura voadora misteriosa. Mas nada que justifique aquele drama todo.

Honestamente? Muito barulho por nada. O Jack devia mesmo pensar numa carreira no teatro. De preferência longe do meu território.

Mas pronto, todos precisamos de um propósito e o meu está bem definido. Eu sou a Smores. Gata. Diva. Comandante da Vigilância de Bairro. E janela a janela, mantenho esta casa e a rua sob controlo.

9 thoughts on “Neighborhood Watch, by Smores

Leave a reply to Carla Maria Baptista Cancel reply