Friday Mornings and Small Miracles


Fridays are always Fridays.
There’s that familiar glimpse of days ahead, not weighed down by strict schedules or obligations, but filled instead with the promise of moments
enjoyable, fun, and loving, in their own gentle way.

Yet, a Friday morning is still just a morning, and sometimes, it doesn’t feel much better, when the weather outside is bleak and unkind, gray skies stretching heavy over the world.

But here’s a secret: the weather outside might be frightful,
yet when the light inside us is fed,
we carry warmth that no storm can snuff out. And sometimes, that light flickers to life in the quiet feeling of being seen— not as a number, not as a shadow passing by— but as a human soul, acknowledged and cared for.

Today was one of those Fridays.

Two strangers stood waiting for an elevator, both too empty of energy to climb stairs, both wrapped in their own thoughts, worries, plans for the rest of the day, life’s unfolding stories carried quietly in their hearts.

Without words, one reached out with kindness, pressing the button to call the elevator, a small gesture that spoke louder than any greeting.

The doors slid open, and they stepped inside. As the elevator hummed softly, one asked the other which floor to press, a simple question that bridged the gap between two worlds.

When it was time to part ways,
a warm, glowing smile met a gentle wish of “Have a good day.”
And in return came a voice bright with gratitude,
eyes shining as if carrying a secret light:
“Thank you! To you too!”

In that brief moment, the cold gray of the morning softened, the weight of invisible burdens lightened, and a quiet magic breathed life into the day.

Because sometimes, the smallest gestures, a button pressed, a smile shared, are the spells that remind us we are seen, that we belong, and that kindness lives in the spaces between strangers.

And that is a magic worth carrying with us, long after the elevator doors close and the day moves on.

Manhãs de sexta-feira e pequenos milagres

As sextas-feiras são sempre sextas-feiras.
Há aquele vislumbre familiar dos dias que se avizinham,
sem horários muito rígidos ou obrigações, mas preenchidos com a promessa de momentos  agradáveis e divertidos.

Ainda assim, uma manhã de sexta-feira continua a ser apenas uma manhã e, por vezes, não parece muito melhor do que qualquer outra manhã, sobretudo quando o tempo lá fora está sombrio e frio, com céus cinzentos.

Mas aqui está um segredo: o tempo lá fora pode ser assustador, mas quando a luz dentro de nós é alimentada, carregamos um calor que nenhuma tempestade pode apagar.


Por vezes, essa luz acende-se silenciosamente na sensação tranquila de ser visto, não como um número, não como uma sombra que passa, mas como uma alma humana, reconhecida e cuidada.

Hoje foi uma dessas sextas-feiras.

Dois estranhos esperavam pelo elevador, ambos demasiado vazios de energia para subir as escadas, ambos envolvidos nos seus próprios pensamentos, preocupações, planos para o resto do dia e com histórias de vida a desenrolar-se silenciosamente nos seus corações.

Sem palavras, um deles estendeu a mão com gentileza, premindo o botão para chamar o elevador, um pequeno gesto que falou mais alto do que qualquer cumprimento.

As portas abriram-se deslizando, e eles entraram.
Enquanto o elevador zumbia suavemente, um perguntou ao outro que andar devia premir, numa pergunta simples que uniu dois mundos, por uns instantes.

Quando chegou a hora de se despedirem, um sorriso caloroso e radiante encontrou um suave desejo de “Tenha um bom dia.”
E em resposta, veio uma voz brilhante de gratidão, olhos a brilhar como se carregassem uma luz secreta:
“Obrigado! Para si também!”

Naquele breve momento, o cinzento frio da manhã suavizou-se, o peso dos fardos invisíveis aliviou-se e uma magia silenciosa deu vida ao dia.

Porque por vezes, os gestos mais pequenos: um botão premido, um sorriso partilhado, são feitiços que nos transformam porque provam que somos vistos e que pertencemos a um lugar, lembrando-nos que a bondade vive em pequenos gestos trocados entre  estranhos.

E essa é uma magia que vale a pena levar connosco para o nosso dia, muito depois das portas do elevador se fecharem.

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