Dear Future Me,

As the last Sunday of 2025 gently unfolds, I sit quietly, holding both the weight and the fragile warmth of this extraordinary year behind me. It was not a year of loss itself, but a turbulent voyage through grief — a swirling tempest of sorrow and remembrance. And what a profound journey it has been.
The grief was raw and roaring, yet within the storm I discovered the fragile, radiant edges of what it means to be human. Amid the chaos, a gentle, stubborn will to rebuild quietly took root — gathering scattered fragments and shaping them into a mosaic of unexpected wholeness.
This year surprised me with its lessons, appearing where and when I least expected them. Love revealed itself in many forms and wore countless shapes, often arriving from unexpected places — always comforting, always kind — like a soft light flickering in a darkened room.
I’ve learned that some things must be released, like a kite surrendered to the capricious wind — yet the memories remain, tenderly woven into the tapestry of the soul. Purpose, meaning, and love endure as true treasures — silent teachers that etch wisdom deep within us.
This was a masterclass in resilience: uncovering hidden strength tucked away in the smallest corners of my being and teaching me how to move forward — through steady steps, determined strides, or even joyous leaps. Lightness and gravity danced together; dazzling moments were balanced by grounding calm.
Whether singing at the top of my lungs or whispering soft lullabies, I discovered that every note has its rightful place in life’s song.
So, future me — remember this year not only for its tears and shadows, but for the extraordinary courage it summoned: to face darkness, to feel deeply, and still press onward when the path lay veiled in mist.
Hold close the lessons — patience with yourself, grace for the gentle and non-linear rhythm of healing, and the quiet strength of small, deliberate steps.
Love yourself first — with wild abandon, fierce tenderness, and a knowing wink. When you do, the world has a way of realigning — if not magically, then at least with the same mystery as socks disappearing from the laundry.
Carry with you the hope born from ashes and the quiet power of rebuilding. Let this letter stand as a lighthouse — a reminder that after the darkest nights, dawn always returns, shimmering with promise.
Step boldly into the next chapter, welcoming both grief and growth as familiar companions — woven threads in the tapestry of your becoming.
And above all, be gentle with yourself. Seek light in unexpected corners, and celebrate every small triumph — even those as simple as rising from bed, or sharing a smile with a curious squirrel.

When a year from now, as 2026 folds into memory, I trust you will have laid a strong and luminous foundation for the rebuilt you — kinder, braver, steadier, and unapologetically yourself.
With love, sparkle, and a touch of whimsy,
Me — at the close of 2025
Uma Carta ao Meu Eu Futuro: Da Perda à Reconstrução
Querida futura versão de mim,
À medida que o último Domingo de 2025 se desenrola suavemente, sento-me em silêncio, segurando ao mesmo tempo o peso e o frágil calor deste ano extraordinário que fica para trás. Não foi um ano de perda em si, mas uma viagem turbulenta através da perda e do luto, um turbilhão de tristeza e memória. E que profunda jornada esta tem sido!

A dor da perda ergueu-se crua e tempestuosa, mas no meio da tempestade descobri as frágeis e radiantes margens do que significa ser Humano. Entre o caos, uma vontade suave e teimosa de reconstrução foi emergindo, ganhando raízes em silêncio, reunindo fragmentos dispersos e moldando-os numa inesperada e comovente peça única.
Este ano surpreendeu-me com as suas lições, surgindo quando e onde menos esperava. O Amor revelou-se em múltiplas formas e apresentou inúmeros contornos, chegando, por vezes, de lugares inesperados, mas sempre reconfortante, sempre gentil, como uma luz suave a tremeluzir num quarto escuro.
Aprendi que há coisas que precisam de ser libertadas, como um papagaio de papel entregue ao capricho do vento e, ainda assim, as memórias permanecem, urdidas ternamente no tecido da alma. Propósito, essência e amor resistem como verdadeiros tesouros, são professores silenciosos que gravam sabedoria bem dentro de nós.
Este foi um verdadeiro exercício de resiliência: revelando forças escondidas nos cantos mais pequenos do meu ser e ensinando-me a seguir em frente através de passos firmes e determinados ou até saltos de alegria. A leveza e a gravidade dançaram juntas; momentos de deslumbramento equilibraram-se com momentos de calma que me seguravam à realidade. Quer a cantar a plenos pulmões, quer a sussurrar doces canções de embalar, descobri que cada nota tem o seu lugar na canção da vida.
Por isso, meu eu do futuro, recorda este ano não apenas pelas lágrimas e pelas sombras, mas pela extraordinária coragem que despertou para enfrentar a escuridão, sentir profundamente e, ainda assim, continuar em frente quando o caminho se escondia no nevoeiro.
Guarda perto de ti as lições: paciência contigo própria, graça para o ritmo suave e não linear da cura e a força silenciosa dos pequenos passos deliberados.
Ama-te primeiro, com entrega plena, ternura feroz e um piscar de olho confiante. Quando o fazes, o mundo parece reencontrar o seu alinhamento, talvez não por magia, mas com o mesmo mistério das meias que desaparecem da máquina de lavar.
Leva contigo a esperança nascida das cinzas e o poder sereno da reconstrução. Que esta carta permaneça como um farol, uma lembrança de que, depois das noites mais escuras, a madrugada regressa sempre, cintilante de promessa.
Avança com coragem para o capítulo seguinte, acolhendo a dôr e o crescimento como velhos companheiros, fios entrelaçados no tear da tua própria transformação.
E, acima de tudo, sê gentil contigo. Procura a luz nos cantos inesperados e celebra cada pequena vitória, mesmo aquelas tão simples como levantares-te da cama ou partilhares um sorriso com um esquilo curioso.
Quando, daqui a um ano, 2026 se transformar em memória, confio que terás construído uma base forte e luminosa para a tua versão reconstruída, mais gentil, mais corajosa, mais serena e, sem quaisquer reservas, verdadeiramente tua.
Com amor, brilho e um toque de fantasia,
Eu, no final de 2025


