Easter, with its deep roots in my Catholic upbringing, has always marked a gentle turning point in the calendar—a sacred whisper of renewal that usually arrives hand-in-hand with Spring’s first breath. Most years, the season aligns effortlessly with the message: new life, new light, a time to begin again.

But not this year.

This time, the first signs of Spring came and went without ceremony, as if Nature hesitated to step forward. The air lingered in a quiet chill, and the trees held their breath a little longer. It felt as though the world was unsure, waiting for the right moment—not wanting to enter too soon, not ready to deliver its first line in the play of seasons.

And now, just after our Easter moments of celebration, reflection, and quiet introspection, she arrives. Spring steps softly onto the stage, unhurried but radiant—graceful and measured, wrapped in colors too vivid to name, accompanied by the music of creatures in a symphony only they truly understand.

Life is making her entrance.

And we, in return, offer her a standing ovation—not at the close of her performance, but at the very beginning. We rise with hearts open, welcoming this season of transformation, carrying the hope that its quiet power might echo and bring the long-awaited renewal we so deeply need.

A Páscoa, com as suas raízes profundas na minha educação católica, sempre marcou uma mudança suave no calendário, um sussurro sagrado de renovação que, normalmente, chega de mãos dadas com o primeiro sopro da Primavera. Na maioria dos anos, a Estação alinha-se naturalmente com a mensagem: vida nova, luz nova, tempo de recomeçar.

Mas este ano, não foi assim.

Desta vez, os primeiros sinais da Primavera vieram e passaram sem cerimónia, como se a Natureza hesitasse em avançar. O ar manteve-se com um frio silencioso, e as árvores pareceram prender a respiração por mais algum tempo. Era como se o mundo não tivesse certeza, à espera do momento certo, sem querer entrar antes do tempo, sem estar pronto para dizer a sua primeira fala na peça das Estações.

E agora, logo após os nossos momentos das celebrações pascais, dos momentos de reflexão e introspeção, ela chega. A Primavera pisa suavemente o palco, sem pressa mas luminosa, graciosa e comedida, vestida de cores demasiado vívidas para serem nomeadas e acompanhada pela música das criaturas numa sinfonia que só elas compreendem verdadeiramente.

E a Vida faz a sua entrada.

Nós, em resposta, oferecemos-lhe uma ovação de pé — não no fim da sua atuação, mas no início. Erguemo-nos de coração aberto, acolhendo esta Estação de transformação, com a esperança de que o seu poder silencioso ecoe e traga a tão esperada renovação de que tanto necessitamod.