
Less than a year ago, there was still a house in the field behind my backyard. It feels like a lifetime has passed since then. So much has changed—around me, within me, and in the quiet spaces of my life. When I look at the photos I took back then, I find myself wondering where I’ll be next year, what new chapters will unfold, and what pieces of myself I’ll discover along the way.
My mother used to redecorate our home with the seasons of her own heart—moving furniture from one room to another, transforming last year’s bedroom into this year’s living room. She found joy in change; I always sought comfort in consistency. I liked the ritual of decorating for the holidays, yes, but I loved the familiarity even more—seeing the same ornaments, the same cozy corners, maybe adding one new detail, but nothing too drastic. It felt grounding.
Yet lately, life has moved and shifted in ways I never expected. So much has changed so quickly that part of me—surprisingly—feels excited for whatever next year may bring. I’m learning that change doesn’t always mean loss; sometimes it brings growth, softness, and a different kind of hope.
Still… there are moments when I miss the view from my backyard, the quiet presence of that house, the way it made the landscape feel held, complete, known. It was a comforting anchor in a world that is always moving.
But maybe that’s the beautiful part of life: we carry the memories, the landscapes, and the homes within us. And no matter what changes, they remain.
Uma Casa
Há menos de um ano, ainda existia uma casa no campo, na parte de trásda minha casa. Parece que já passou uma vida desde essa altura. Tanta coisa mudou à minha volta, dentro de mim, nos recantos silenciosos da minha vida. Quando olho para as fotografias que tirei nessa altura, dou por mim a imaginar onde estarei no próximo ano, que novos capítulos irei viver e que partes de mim irei descobrir pelo caminho.
A minha mãe tinha como passatempo redecorar a casa conforme as estações do seu próprio coração. Mudava móveis de sítio, transformava o quarto do ano anterior na sala daquele ano. Ela encontrava alegria na mudança; eu sempre procurei conforto no que não muda. Sempre gostei de decorar para as épocas festivas, sim, mas amava ainda mais a familiaridade de ver os mesmos enfeites, os mesmos cantos acolhedores e, talvez, acrescentar apenas um detalhe novo, mas nada demasiado drástico. Isso fazia-me sentir enraizada.
Mas, ultimamente, a vida tem-se movido e transformado de formas que nunca esperei. Tanta coisa mudou tão depressa que uma parte de mim, surpreendentemente, sente entusiasmo pelo que o próximo ano poderá trazer. Estou a aprender que a mudança nem sempre significa perda; às vezes traz crescimento, suavidade e um tipo diferente de esperança.
Ainda assim… há momentos em que sinto falta da vista do meu quintal, da presença silenciosa daquela casa, da forma como fazia a paisagem parecer completa, segura, familiar. Era uma âncora reconfortante num mundo que nunca pára.
Mas talvez essa seja a parte bonita da vida: carregamos as memórias, as paisagens e as casas dentro de nós. E, independentemente do que mude, elas permanecem.


Que esse entusiasmo/esperança pelo próximo ano sejam “semente” com a capacidade de acrescentar algo de bom e diferente à “bagagem” que carregamos.🍀
LikeLiked by 1 person
As reviravoltas têm-me mostrado que há sempre algo a aprender, há sempre algo para agradecer, há sempre algo de extraordinário. Que o seu Ano também seja pródigo nestas coisas boas que nos deixam mais ricos!❤️
LikeLike