Infância era acreditar que todas as pessoas eram boas, porque as más eram as bruxas e os lobos que sopravam forte para derrubar casas.
Infância era acreditar que soprar uma flor dente-de-leão ao vento, significava que estava a mandar saudades a alguém que não estava perto e por isso um bocadinho de mim iria voar alto no céu.
Infância era acreditar que um dia eu iria viajar no tempo e por isso nunca iria perder ninguém de vista.
Infância era acreditar que todas as histórias tinham finais felizes, porque não fazia sentido não viver feliz para sempre.
Infância era acreditar que amanhã era um novo dia, com novas descobertas e novas amizades para conquistar.
Infância é acreditar que tudo isto pode ser verdade se eu olhar para o mundo com olhos de poesia…