“Que as estrelas guiem o meu caminho, que o iluminem, para que eu não faça o meu caminho às escuras.”
As árvores ouviram o seu pedido, conversaram entre elas e quiseram ajudar.
“O Céu está lá tão alto e nem sempre nos dá ouvidos, mas podemos tentar com a ajuda do vento…”
E a brisa da tarde tornou-se mais forte a pouco e pouco e depressa os ramos dançavam ao som de uma melodia estranha. Pobres árvores, quanto mais se agitavam mais folhas perdiam e o Céu continuava indiferente.
Então uma delas disse: ” Estou a ficar cansada, talvez devêssemos procurar outra solução.”.
“Já sei! Vamos pedir ajuda ao riacho e falamos com o Sol, sendo ele uma estrela pode iluminar o caminho, ou encontrar quem o faça.”
Falaram com o riacho, as árvores afastavam os seus ramos e permitiam que a luz do Sol se reflectisse na água, chamando a atenção do Sol.
Porém, o Sol ficou incomodado com o brilho da sua luz e foi-se afastando, foi-se afastando até desaparecer para lá do horizonte. A Lua ao vêr o Sol desaparecer tão cedo, ficou curiosa e foi tentar perceber o que se passou.
“Porque desapareceu o Sol mais cedo hoje?” – perguntou.
“Porque fugiu ao reflexo do seu próprio brilho”, disse um pequeno arbusto. E contou a história à Lua.
“Mas vocês não precisam das estrelas. Basta as folhas que estão no chão e a minha luz para termos um caminho prateado e brilhante”
De repente, o caminho escuro, ficou iluminado por folhas que ao reflectir a luz da Lua se assemelhavam as estrelas…
De vez em quando a vida gosta de nos lembrar que nada é garantido, não há certezas absolutas e precisamos de manter espirito e coração abertos ao mundo que nos rodeia. E aprendemos que há diferentes maneiras de iluminar o caminho…
muito bonito!
GostarGostar
Obrigada
GostarLiked by 1 person