
Quando penso em Lisboa, penso no rio: Rio Tejo. Nasce em Espanha e vem desaguar perto de Lisboa, já ali em S. Julião de Barra!
Faz parte da Cidade, não há Lisboa sem Rio, sem varinas, sem Cacilheiros! Lisboa perderia o seu encanto sem o seu Rio… Rio Tejo!
Chegar ao fim do dia, parar um pouco, olhar para o outro lado do rio, para a outra margem… sinal de que o dia de trabalho terminou, é tempo de voltar a casa, tempo de descanso, tempo de saborear a vida para quem passa a vida a trabalhar.
A outra margem… o regresso a casa, enfrentar o trânsito mas não sem antes recarregar energias com uma bica e mais qualquer coisa: um pastel de nata, um pastel de bacalhau, um croquete, uma tosta mista… ou outra iguaria confeccionada numa das muitas pastelarias da cidade. No Inverno vem sempre a calhar um chocolate quente, mas é no Outono que as “quentes e boas” nos aquecem as mãos e a boca! Aquele cheiro da castanha assada, entregues embrulhadas numa folha de jornal (eu ainda sou do tempo das páginas da lista telefónica) fazem as delícias de quem decide perder (ou ganhar…) tempo a degustar umas castanhas assadas na brasa do fogareiro ambulante! Isso e o pregão do amolador de tesouras fazem parte das minhas memórias da minha linda Lisboa!