
É engraçado como as coisas acontecem: esta fotografia apareceu-me no dia antes de se celebrar o Dia Mundial dos Amigos. E o que vejo é um grupo de amigos, pessoas completamente diferentes, com diferentes experiências de vida, mas que se respeitavam, conversavam, trocavam histórias, contavam umas com as outras para os bons e maus momentos e gostavam muito de passar tempo juntas.
Não me lembro deste dia em particular, na verdade nem sei se já era gente quando a fotografia foi tirada, mas lembro-me de dias iguais a este, em que as palavras fluiam, o amizade circulava livremente pela casa e independentemente da casa onde nos juntávamos, sentiamo-nos em casa.
Eu sentia-me tão em casa na casa das nossas amigas, que numa destas reuniões, sendo horas de comer, perguntaram-me se eu gostaria de uma fatia de ananás, a minha mãe, ao contrário do que geralmente acontecia, respondeu que eu não gostava de ananás. Claro que o «cotumiço» não gostou da intervenção de respondeu imediatamente «gosto e gosto muito!»
Eu sabia que apartir desse momento não havia meio de voltar atrás com a minha palavra e quando o ananás apareceu à minha frente tive mesmo que comê-lo, mas aprendi a gostar daquele sabor doce e àcido e tinha sempre ananás à minha espera em casa das minhas amigas.