Um bule de chá lembra-me sempre de tardes passadas entre bolinhos acabados de fazer e á acerca de pequenos nadas com amigas de diferentes idades.
Há sempre uma história à volta de um bule de chá: quer seja uma lenda, uma história da história, ou uma história de família… muitas histórias me foram contadas à laia de conversa, numa mesa de lanche, com um chá por companhia.
Quando era pequena, a minha avó viveu com uma tia que era muito parca em distribuição de gulodices pelas crianças da casa e, como longe da vista, longe do coração (da boca, neste caso), arranjava esconderijos para os doces. Por isso todos sabiam que algures na casa existia uma tigela de marmelada , para partilhar com as visitas.
Uma tarde, as visitas chegaram e foi dia de ir buscar a tal tigela. A tia abriu a arca, desmbrulhou cuidadosamente a taça, retirou com cuidado o papel vegetal que a cobria e… surpresa: a tigela estava completamente vazia! Do doce nem “sombras”, tudo comido até ao fim. Aos poucos a tigela fora ficando vazia, porque pensaram que um bocadinho hoje outro amanhã, não faria diferença. Para as visitas, ficou um lanche a saber a pouco e um pedido de desculpas. Para os culpados, os dois mais novos da casa, sobrou um castigo e umas boas palmadas, mas o gosto de terem comido uma deliciosa tigela de marmelada!
What a pretty teapot. 🙂
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Thank you:-).
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